Conselhos para a vida profissional (parte 2 – mente empreendedora)

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Mente empreendedora

A cada dia me convenço mais de que a graduação escolhida é o menos relevante para o sucesso profissional e financeiro. O que realmente importa é aquilo que se costuma chamar de “espírito empreendedor”. 

Vejo médicos, engenheiros e advogados subvalorizados e com salários e rendimentos tão pífios que jogam por terra a ideia de existir uma “profissão certa”. Uma pessoa com boas ideias, coragem de arriscar, vontade de empreender e sem preguiça de trabalhar provavelmente alcançará seus objetivos independente da formação acadêmica e até se não a tiver.

É a velha história: monta uma padaria, cria uma maneira de atender bem os clientes, de fornecer produtos de qualidade com preço justo e, depois de um tempo, tem uma rede de padarias; abre um salão de beleza que um dia se torna um império; inicia um estúdio de musculação na garagem de casa, e ele se transforma numa bela academia; resolve comprar algo para uso próprio, não encontra nada que goste e então, percebendo a oportunidade, começa a fabricar ou a importar um produto e tem a vida transforma­da; começa a dar aulas de reforço em casa e “de repente” tem uma rede de escolas.

É óbvio que não é assim tão simples. Sei por experiência própria. Esse “de repente” geralmente tem embutidas 14 horas de trabalho por dia, finais de semana de estudos e trabalhos, preocupações constantes, medos, incertezas, estres­ses, aborrecimentos com legislação retrógrada, burocrática e desestimuladora, frustrações com a falta de envolvimento e de interesse das pessoas ao redor, entre outros sofrimentos que só sabe quem chegou ou está tentando chegar lá.

Aliás, já que toquei no assunto das “pessoas ao redor”, vale observar que muitas ou mesmo quase todas almejam um lugar de destaque e de conforto, porém pouquíssimas estão dispostas a “pagar o preço” e fazer o que é necessário. Quando ouvem sobre dedicar-se também nas madrugadas, nos finais de semanas e nos feriados, costumam rejeitar o conselho porque entendem que merecem ter uma vida equilibrada, com tempo para descansar e desfrutar de qualidade de vida (lazer, família, esportes, entretenimento etc.). Acreditam que, por não serem proprietárias do lugar onde estão trabalhando, podem pensar e agir como empregadas, desconsiderando o fato de que aqueles que venceram já pensavam e agiam como donos muito antes de o serem.

O que essas “pessoas ao redor” mais enxergam é o sucesso financeiro, achando que isso é o que faz o empreendedor se dedicar tanto ao negócio. Coitados. Nem imaginam que geralmente o aspecto econômico, apesar de importante, não é o principal combustível. Desconhecem que o prazer é ver algo realizado com maestria; um serviço inovador e de alta qualidade sendo prestado; um produto bem elaborado e apreciado; uma empresa bem organizada; uma carreira solidamente estruturada; enfim, algo que se possa deixar como um bom exemplo a ser seguido. É, acima de tudo, a satisfação em ver que se fez algo que acrescenta coisas boas à vida das pessoas e que contribuiu para o progresso daquilo a que se dedicou.

Para pessoas com a personalidade empreendedora e com as qualidades citadas, não importa a formação acadêmica, nem mesmo se são graduadas pela melhor universidade ou se fizeram curso à distância, porque a forma de pensar e agir fará com que cheguem ao lugar que muitos apenas sonharão alcançar.

Entretanto, se ainda não entende essa forma de pensamento e de postura, o ideal é estudar nas melhores instituições e buscar as formações acadêmicas mais valorizadas pela sociedade para que no futuro trabalhe sem que pareça estar carregando um fardo. Isso fará com que, se um dia despertar, tenha chances de alçar altos voos, pois pelo menos já terá sólida bagagem educacional.

Em alguns casos, desde muito cedo já se percebe o empreendedorismo. São aqueles que desde jovens sempre estavam inventando uma maneira de ganhar algum dinheiro. Desses, muitos são ou se tornarão empresários. 

CONTINUA…


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Sobre o Autor

H. S. Lima

H. S. Lima é escritor, advogado e palestrante. Tem como propósito de vida compreender os princípios eternos contidos principalmente nos cinco primeiros livros do Antigo Testamento, chamados de Pentateuco ou Torá, identificar a compatibilidade com a mensagem de Jesus Cristo, para então ensinar como observá-los na vida pessoal e profissional.

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