O período de Páscoa é excelente oportunidade para refletir sobre seu significado para nossas vidas e para nossos negócios.
A primeira páscoa foi celebrada num ambiente de muita dificuldade, medo e ansiedade com o que viria a acontecer. O povo hebreu estava escravizado no Egito já fazia cerca de 430 anos e Moisés estava enfrentando a maior autoridade política da época, o faraó. Após nove pragas enviadas para persuadir o faraó a deixar o povo hebreu, haveria o castigo final, que seria a morte dos primogênitos de todas as casas que não estivessem com o selo da proteção divina. Os hebreus deveriam sacrificar um cordeiro e aspergir seu sangue nos umbrais das portas, para que a morte ali não acontecesse.
Olhando em perspectiva, por já sabermos o resultado, é fácil ficar confortável com a situação, mas eles não sabiam o que e como realmente tudo aconteceria. Apenas lhes restava obedecer e confiar. A ansiedade deve ter sido esmagadora. Porém, a salvação aconteceu e o restante da história todos sabemos. A partir de então, passou-se a celebrar esse incrível acontecimento, conhecido como Páscoa, ou, em hebraico transliterado: Pesach. Que significa “passar adiante”.
O apóstolo Paulo ensina que as coisas passadas foram sombras do que haveria de vir. Então, milhares de anos após essa primeira Páscoa, aconteceu a verdadeira e definitiva, que foi o evento da crucificação e ressureição de Jesus, o Cristo enviado por Deus para salvação de todos os que creem, nutrindo-nos esperança num futuro melhor.
Desse magnânimo evento, podemos extrair lições úteis para a vida empresarial: fé, obediência e esperança em meio a cenários difíceis.
Se existe algo que não falta aos empreendedores é fé. Impossível ser diferente, pois empreender sujeito a uma carga tributária surreal, burocracia incompreensível, concorrência brutal e uma sociedade em constante mudança, só com muita fé e paixão. A obediência aos próprios princípios, valores e visão de negócio deve ser constante. Já esperança também é marca do empresário, que acredita, se prepara, se esforça e investe na expectativa de um futuro melhor, tanto para seu negócio como para a sociedade em geral.
O Livro de Provérbios diz que “A esperança que se realiza satisfaz e alegra a alma” (13:19, KJA). Na primeira páscoa, a esperança foi pela libertação da escravidão. Em Jesus, foi a expectativa de sua ressureição que possibilita a vida eterna. No cotidiano do empreendedorismo, a esperança está em ver seus esforços frutificados num negócio saudável, rentável e relevante para si mesmo e para toda a sociedade, pois “a mão dos diligentes enriquece” (Pv. 10:4).