(…)
Não envergonhe o oprimido
O princípio que rege a forma de dar tsedacá é “não envergonhar o pobre”, pois se pressupõe que ele já está sendo afligido pelo próprio estado de necessidade e não se deve aumentar ainda mais seu sofrimento. O fundamento está em Provérbios 14:31, que ensina: “O que oprime o pobre insulta aquele que o criou, mas o que se compadece do necessitado O honra”. Por isso, sempre antes de ajudar alguém que está passando por intensas necessidades, deve-se refletir acerca de qual a maneira de fazê-lo sem causar-lhe constrangimentos.
O cuidado para não causar constrangimento é tão importante que, na doutrina judaica, relata-se que alguns grandes sábios do Talmude “[…] embalavam moedas em um lençol e as carregavam nos seus ombros, para que os pobres fossem até eles e as pegassem, de forma que não ficassem envergonhados”.
Honre até os mais carentes, todos são feitos à semelhança de Deus
Porém, mais do que ajudar sem constrangimento, melhor ainda será se conseguir honrar a pessoa ajudada. Em primeiro lugar por sua própria condição de ser a imagem e semelhança do Criador, mas também por aquilo que está revelado no Salmo 109:31, de que Deus está ao lado direito do pobre: “[…] Ele se põe à direita do pobre, para salvá-lo daqueles que o caluniam”.
Faça-o louvar o teu nome
Como já visto, o Salmo 74:21 recomenda: “Oh, não volte envergonhado o oprimido; louvem o teu nome o aflito e o necessitado”. E em qual situação o oprimido voltará envergonhado? Quando pedir ajuda e não a receber, ou quando a receber, mas o doador agir de maneira que ele se sinta ainda mais diminuído. Por isso, o recomendado é, além de ajudar, dizer “muito obrigado” por ter aceitado a ajuda. Mesmo porque, ao entregar a tsedacá, o maior beneficiado não é quem recebe, mas quem entrega.
[…] É proibido reprovar severamente ou levantar a voz para uma pessoa carente, pois o seu coração está partido e humilhado; eis que [Sl 51:19] declara: “Um coração partido e humilhado, Deus não desprezará.” Ai daquele que envergonha os pobres! Ao contrário, devemos ser como pais para eles, demonstrando-lhes compaixão e falando-lhes, conforme [Jó 29:16] explica: “Eu sou um pai para o destituído”.
Algumas orientações pertinentes
No judaísmo há todo um detalhamento com as regras de como entregar tsedacá, e os ensinamentos do filósofo judaico Maimônides são referência nesse assunto:
CONTINUA…
Querido leitor,
Você está gostando deste texto?
Leia ele completo no livro que publiquei, chamado Tsedacá – O propósito da prosperidade.
Se você comprar, estará me ajudando e ainda me incentivando a escrever cada vez mais.
Abaixo, coloco os links para facilitar.
Muito obrigado e que Deus te abençoe poderosamente.