O exemplo do jovem John Davison Rockefeller

(…)

O jovem e generoso John

Mas o grande exemplo a ser citado é o do batista John Davison Rockefeller, seguramente um dos homens mais ricos do mundo moderno. Em valores atualizados, até o ano de 2006, ele teria algo em torno de 664 bilhões de dólares americanos, ou seja, muitas vezes mais do que os maiores bilionários da atualidade: Bill Gates, Warren Buffett, Jeff Bezos.

Chamam a atenção duas informações extraídas do livro de Ron Chernow sobre a vida desse homem: a primeira de que, desde o humilde início de sua carreira, quando “[…] o total de seus primeiros três meses de salário foi de US$50, já era adepto da filantropia, doando 6% do que ganhava à caridade, aumentando para 10% aos vinte anos’’; e a segunda de que “A riqueza de Rockefeller cresceu junto com suas doações […]’’.

Essas informações são confirmadas por Peter J. Johnson, historiador e associado da família Rockefeller, que acrescenta que sua mãe, Eliza Davidson Rockefeller, “[…] foi uma mulher muito devota, que educou os seus filhos de acordo com os preceitos cristãos’’. Ele afirma também o seguinte:

E uma parte significativa do seu rendimento continuou a ser dedicado ao que poderia ser denominado de “caridade” – ainda não tinha se tornado filantropia. De 1855 até 1890, ele doou quase que exclusivamente para organizações da Igreja Batista nos EUA. Isto não era incomum. As pessoas tendem a doar para as organizações das quais elas se sentem parte. Além disso, não havia muitas organizações seculares para as quais doar dinheiro.

Além de rico, JDR tinha se tornado muito famoso. Cartas pedindo assistência financeira transbordavam em seu gabinete. Havia malas enormes cheias de cartas que o acompanhavam em diferentes lugares e ele tentava ler cada carta, avaliar o pedido, e enviar dinheiro quando oportuno. Mas foi ficando cada vez mais difícil para ele realizar este trabalho sozinho.

No livro Como evitar preocupações e começar a viver, no capítulo “Histórias verdadeiras”, Dale Carnegie nos conta mais detalhes daquilo que foi feito por esse homem:

Nunca houve antes, durante toda a história, nada que se assemelhasse, sequer remotamente, à Fundação Rockefeller. É uma coisa única. Rockefeller sabia que em toda parte do mundo há generosas iniciativas de homens de visão. Fazem-se pesquisas; fundam-se universidades; médicos lutam no combate à doença – mas tais obras altruísticas morrem, demasiado frequentemente, por falta de fundos. Resolveu ajudar esses pioneiros da humanidade – não “levá-los pela mão”, mas dar-lhes algum dinheiro, ajudando-os a que se ajudassem a si próprios. Hoje, você e eu podemos agradecer a John D. Rockefeller os milagres da penicilina e de dezenas de outras descobertas que o seu dinheiro ajudou a financiar. Você pode agradecer-lhe pelo fato de seus filhos não morrerem mais de meningite cérebro-espinhal, doença que costumava matar quatro em cada cinco crianças atacadas. E pode também agradecer-lhe pelos progressos feitos quanto à malária e tuberculose, ou a gripe e difteria, e a muitas outras enfermidades que ainda afligem a humanidade.

É importante citar os feitos de Rockefeller porque ele é um dos casos de alguém que não esperou ser rico e ter dinheiro sobrando para só então compartilhar com as obras sociais. Desde a época em que recebia um salário irrisório, já praticava o princípio. Calcula-se que ele doou cerca de US$ 540 milhões ao longo da vida e que morreu com cerca de US$ 1,4 bilhão. Numa conta superficial, nota-se que generosamente ofertou por volta de 1/3 daquilo que acumulou. Se a fortuna dele atualizada até 2006 representava cerca de US$ 664 bilhões, então, proporcionalmente, distribuiu para projetos sociais em torno de US$ 256 bilhões, ou 5,12 vezes o patrimônio de Bill Gates em 2006, o homem mais rico do mundo naquele ano, segundo a Forbes. Ele frequentemente declarava se basear na orientação de John Wesley sobre ganhar o máximo, gastar o mínimo e doar o que pudesse.

Há muita crítica acerca do rumo espiritual que a Família Rockefeller tomou a partir dos descendentes desse patriarca. John Davidson Rockefeller, porém, nasceu numa família de recursos modestos e buscou viver uma vida cristã, principalmente por causa de sua mãe, que, muito religiosa, transmitiu-lhe sua devoção. Aparentemente, ele não conseguiu passar para seus filhos o mesmo temor a Deus que tinha inicialmente. Por outro lado, analisando a intensidade com que a família continua fazendo doações multimilionárias e, às vezes, bilionárias, percebe-se que, pelo menos no que diz respeito às finanças, aprenderam o princípio de conservar o seu patrimônio e fazê-lo crescer. Ao contrário de outros descendentes que perderam as fortunas, os Rockefeller conseguiram conservar o seu poderio financeiro.

A razão disso, vale observar, é que os princípios divinos são imutáveis e seus desdobramentos não estão vinculados à religiosidade daquele que os observam ou os descumprem. Aliás, é nesse sentido que um famoso escritor da atualidade, John Bevere, assevera:

CONTINUA…


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Sobre o Autor

H. S. Lima

H. S. Lima é escritor, advogado e palestrante. Tem como propósito de vida compreender os princípios eternos contidos principalmente nos cinco primeiros livros do Antigo Testamento, chamados de Pentateuco ou Torá, identificar a compatibilidade com a mensagem de Jesus Cristo, para então ensinar como observá-los na vida pessoal e profissional.

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