(…)
Qual o melhor curso de graduação
É comum ficar em dúvida sobre qual graduação escolher e até mesmo se realmente é necessário cursar alguma.
Apesar de em alguns países europeus não haver tanta diferença na remuneração entre uma pessoa com ensino ou conhecimento técnico e outra com graduação e pós-graduações, numa sociedade como a brasileira, marcada por severa desigualdade social, via de regra, ter uma boa graduação, cursada em uma boa instituição de ensino superior, costuma resultar numa vida profissional e financeira melhor do que quem não concluiu nenhuma faculdade.
Também vale lembrar que quem “faz o curso” é o aluno, assim, o mais importante é a dedicação e as solitárias horas de estudos. O professor insatisfatório de uma determinada disciplina presencial pode ser suprido com inúmeros vídeos na internet para complementar a aula ministrada. Evidente que o ideal é um ótimo professor, não apenas lecionando bem, mas despertando nos alunos o interesse pela matéria e auxiliando-os na pesquisa científica, mas isso nem sempre está à disposição.
Enfim, registradas essas ressalvas, a pergunta frequente é: “qual graduação fazer?”. Um bom conselho é observar em quais áreas apresenta melhor desempenho. O que naturalmente gosta de fazer? Não vale responder: jogar online com os amigos. Não obstante, há muitas pessoas que trilharam esse caminho e que hoje são milionárias da informática (exceções). Mas, durante o ensino médio, em quais disciplinas apresentava facilidade? Isso pode dar uma pista. É melhor com literatura, história e redação, ou com física e matemática? Despertam interesse os seriados que se passam dentro de hospitais? Tem alguma aptidão para cuidar do familiar que fica doente? Sim? Talvez medicina seja o caminho. Tem habilidade com trabalhos manuais? Poderá ser um excelente cirurgião. Enquanto o professor de literatura está ensinando sobre determinado escritor, “viaja” fazendo desenhos no caderno? Sim? Talvez arquitetura seja a resposta. Gosta de filmes com tribunais? Adivinha. Gosta muito de ler? Há muitas opções nas ciências humanas.
O ideal é que a escolha do curso, que pode representar a profissão que acompanhará por toda a vida, seja baseada na vocação, naquilo que gosta de fazer e não no resultado financeiro que espera ter. Se gosta do que faz, há chance de alcançar também o sucesso financeiro, pois, quando as pessoas percebem que um profissional ama o que faz, sentem confiança em contratá-lo. Por outro lado, se o combustível for apenas o proveito econômico, quando atravessar uma época de pouco ou de nenhum dinheiro – situação comum na fase inicial da carreira –, é de se esperar que fique desmotivado, sem o famoso “brilho no olhar”, e não consiga progredir, permanecendo estagnado.
Para quem reside em cidades de porte médio ou pequeno, costumo recomendar direito, engenharia civil ou medicina. Essa visão conservadora é devido a preocupação com o efetivo mercado de trabalho. Em cidades menos populosas, creio ser nessas três áreas que se concentrem as maiores oportunidades. Além do mais, se não exercer a respectiva profissão, pelo menos servirá como base para qualquer caminho que escolher.
Já em cidades maiores, em regiões mais industrializadas, existem muitas outras possibilidades profissionais. Eu e minha família mudamos para uma região com essas características e, no condomínio onde residimos, os mais abastados não são os profissionais liberais (nem mesmo dos cursos que citei acima), mas sim os empresários. Abordarei sobre isso daqui a pouco. Por enquanto, foquemos nos cursos de graduação.
Pois bem. Consideremos a engenharia civil. Ainda que não a exerça (construindo casas, prédios, pontes, rodovias etc.), a forma de raciocínio que terá desenvolvido ajudará bastante no mundo empresarial, aliás, é o motivo pelo qual os executivos de várias multinacionais possuem essa formação acadêmica. No direito, há excelentes concursos públicos, como também a própria advocacia, e mesmo que acabe empreendendo em outras áreas, o conhecimento jurídico será útil. Na medicina, as oportunidades são muitas e sempre será uma profissão das mais nobres e indispensáveis.
Aos meus filhos, recomendo escolherem uma dessas três, não apenas por causa do aspecto financeiro, que também é importante, mas por abrirem muitos caminhos.
Quanto à perspectiva financeira, explico o seguinte: se tiver mentalidade de empregado, talvez o direito seja a pior; a engenharia ficaria num nível intermediário e a medicina é a que mais paga bem no início da carreira. Nisso desconsidero inúmeras variantes, como a possibilidade de ter na família alguém da área, de já ter uma empresa do ramo, de possuir contatos que ajudarão, entre outras coisas. Estou falando para alguém sem nenhum “Q.I.” (quem indica).
Entretanto, independente da formação acadêmica escolhida, o mais relevante é o que trato em seguida.
CONTINUA…
Querido leitor,
Você está gostando deste texto?
Se você comprar, estará me ajudando e ainda me incentivando a escrever cada vez mais.
Abaixo, coloco os links para facilitar.
Muito obrigado e que Deus te abençoe poderosamente.