Superação de Traumas Psicológicos, Consenso entre Ciência e Religião

“Um pouco de ciência nos afasta de Deus.
Muito, nos aproxima.”
(Louis Pasteur)

O psicólogo Júlio Peres, doutor em neuro­ciências e comportamento e especialista em superação de traumas, em entrevista à revista Psique (edição 140), indica algumas ferramentas utilizadas pela psicologia clínica para ajudar pacientes vítimas dos diversos tipos de traumas psicológicos (abusos sexuais, mortes, violências, acidentes, traições, enfermidades etc.). 

Fiquei extremamente satisfeito em observar que a psicologia clínica ou, pelo menos uma parte dela, vale-se de procedimentos que são igual­men­te utilizados por igrejas cristãs em seminários, cursos, encontros e outros momentos voltados para o que se chama de “cura interior”.

Obviamente que nas igrejas há um viés religioso, porém em ambos os ambientes (psicológico e eclesiástico) as ferramentas utilizadas estão fundadas em princípios semelhantes. Vejamos alguns pontos da entrevista e no que se assemelham:

1) Falar a respeito do que ocorreu é o começo do tratamento; verbalizar, expressar, “colocar para fora”, abordando não apenas o episódio traumático, mas também os sentimentos ruins que o acompanham é tido como fundamental. É contraindicado o silêncio. Do ponto de vista religioso podemos pensar na oração espontânea em que abrimos nosso coração perante o Criador e falamos a Ele tudo o que nos tem causado sofrimento ou, como se costuma dizer, “jogamos aos pés da cruz” todo fardo.

2) “Ressignificar a dor; buscando um sentido maior para o que aconteceu e/ou uma aliança de aprendizado.” Isso tem a ver com um dos princípios da emuná [fé], segundo a qual para tudo o que ocorre há uma mensagem divina, ou, nas palavras do rabino R. S. Arush, “… a firme crença de que em tudo o que sucede ao homem há uma mensagem relacionada a sua finalidade, a sua conexão com o Criador” (En el jardín de la fe universal, p. 101).

3) Liberação de perdão por meio de “um estado ampliado de consciência e a quebra do ciclo traumático através do perdão”… “porque se liberta do sofrimento, libertando também o outro que o fez sofrer”. Para mim essa foi a mais interessante mensagem do referenciado psicólogo, porque no meio religioso o perdão é a atitude-chave para cura e libertação tanto do ofendido como do ofensor, havendo uma infinidade de referências bíblicas para a necessidade de perdoar, inclusive na oração-modelo.

Julio Peres acrescenta que o tempo para a superação dos traumas varia de pessoa para pessoa e afirma que em média em oito meses se espera um resgate da qualidade de vida; porém, deixa bem claro que, para alguns, poucos meses podem ser suficientes, enquanto para outros são necessários anos. A resiliência de cada um diante de situações traumáti­cas também é muito variável e até mesmo quem é bastante “forte” diante de determinados acontecimentos pode não ser ante outros, ou seja, não é um pacote fechado.

Sempre que vejo resultados de pesquisa científica se aproximando das verdades bíblicas, encho-me de alegria e de esperança numa sociedade mais justa e verdadeiramente preocupada com o bem-estar das pessoas. É o que se chama de a “boa ciência”, que é toda aquela que converge para os fundamentos do Reino de Deus.


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Sobre o Autor

H. S. Lima

H. S. Lima é escritor, advogado e palestrante. Tem como propósito de vida compreender os princípios eternos contidos principalmente nos cinco primeiros livros do Antigo Testamento, chamados de Pentateuco ou Torá, identificar a compatibilidade com a mensagem de Jesus Cristo, para então ensinar como observá-los na vida pessoal e profissional.

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