“… pois como é o seu nome, assim é ele.”(1 Sm 25:25)
O significado do nome de uma pessoa é algo que sempre teve grande importância ao longo da história, nas mais diversas culturas. Entretanto, no Ocidente isso acabou se perdendo ou, pelo menos, passou a ser tratado com pouca relevância, sendo o nome próprio usado basicamente para identificação.
Esse assunto despertou minha atenção ao ouvir a palestra de um rabino, na qual ele explicava que na cultura judaica é necessário escolher com cuidado o nome de alguém, atentando-se para seu significado. E que, quando uma pessoa se converte ao judaísmo, lhe é atribuído um “segundo nome” que sirva para realçar e fomentar uma qualidade.
Apesar de, como cristãos, não termos intenção de nos submetermos aos preceitos do judaísmo, é inegável que podemos aprender coisas importantes da cultura e do pensamento judaicos, mesmo porque Jesus era judeu, praticava o judaísmo e afirmava que não viera à terra para anular a lei que Deus comunicara a Moisés.
Enfim, considerei muito interessante essa ideia do “segundo nome”.
Observe o detalhe: “fomentar uma qualidade desejável”.
Diante disso, em casa atribuí aos meus filhos os seguintes apelidos (ou títulos): Esforçado (o mais velho), Corajosa (a mocinha) e Determinado (o caçulinha).
O mais velho, o Esforçado, passou por algumas adversidades na infância, especialmente por causa de problemas na visão e de alguma disfunção que o fazia ter dificuldades para ler e interpretar textos. Foi submetido a várias consultas com especialistas, usou protetor ocular em um dos olhos, teve dificuldades na escola, e tantos outros obstáculos. Contudo, apesar disso, enfrentou todas as provações sem reclamar. Como a qualidade de ser “Esforçado” é algo bom e pode ser por ele mesmo cultivada, acreditei ser pertinente.
A menina, a Corajosa, mesmo sendo bem jovem, em alguns momentos já demonstrava que tinha por característica agir, ainda que sentisse medo.
O caçula, o Determinado, é o típico ser humano que não desiste daquilo que quer, mesmo que precise conseguir no “grito”.
Perceba que poderia ter apelidado minha menina de “Linda”, porém, segundo o princípio do ensinamento que extraí, ser “Linda” não é algo em que deva investir sua energia. Sim, é bom que seja bonita, mas isso é secundário.
Para qualquer um deles faria sentido o apelido “Inteligente”, contudo a inteligência, por si só, parece-me algo nato. Tenho a impressão de que alguns nascem com mais potencialidades intelectuais do que outros. Mas, independentemente da extensão da capacidade de cada um, com muito Esforço, Coragem e Determinação, é possível alcançar lugares relevantes, com plena realização e felicidade.
Aliás, sobre essa questão de potencialidade, o rabino Benjamin Blech relata que segundo o Midrásh “… quando uma pessoa passa para o outro mundo, pergunta-se à sua alma: ‘Qual é o seu nome?’ e ‘Você viveu todo o seu potencial?’” (O mais completo guia sobre o judaísmo, p. 210).
CONTINUA…
Confira o vídeo sobre esse capítulo no meu canal!
Querido leitor,
Você está gostando deste texto?
Leia ele completo no livro que publiquei, chamado Princípios para a Vida.
Se você comprar, estará me ajudando e me incentivando a escrever cada vez
mais.
Abaixo, coloco o link para facilitar.
Muito obrigado e que Deus te abençoe poderosamente.